Adeptos do 'body modification' levam o próprio corpo ao limite da transformação

A visita da artista performática francesa Orlan ao Brasil reacendeu a polêmica que ela mesma provocou no início dos anos 90, ao transmitir ao vivo pela TV as cirurgias que modificaram seu rosto – incluindo o implante de um par de chifres na testa. Enquanto os médicos cortavam sua pele, Orlan fazia pinturas com o próprio sangue.

A artista veio ao país para um ciclo de palestras sobre “arte carnal” em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Modificar o corpo com adornos, pinturas, perfurações, implantes, deformações ou mutilações faz parte dos hábitos e tradições dos mais diferentes povos, de africanas pescoçudas e índios brasileiros “bocudos” a velhinhas chinesas com pés de boneca – foi moda durante muito tempo na China enfaixar os dedos virados para baixo desde a infância para o pé parecer menor.

Hoje, com a explosão das tatuagens e piercings, homens e mulheres de todo canto do planeta se sentiram motivados a modificar seus corpos radicalmente. Reunimos imagens de pessoas que, de tão “tunadas”, já nem parecem seres humanos.

Confira reportagem completa no site Globo.com

Body Modification

O que é a body modification?

Body modification é todo tipo de modificação no corpo (irreversível ou não) feita por uma razão não-médica. Geralmente, é feita por motivos culturais, espirituais ou estéticos.
Existem sete tipos de transformações corporais.
Alguns body moders (especialistas em body modification) consideram o piercing (que pode ser feito desde o jeito mais comum, como no umbigo, até nos órgãos genitais) também como uma body transformation.

1. Escarificação –Cortes de bisturis com o intuito de formar uma cicatriz de acordo com o desenho desejado pela pessoa.

2. Branding –Aplicação de ferro quente na pele da pessoa com uma chapa de aço esquentada por um maçarico. Após a queima desta pele, forma-se uma cicatriz com o desenho desejado por quem faz a transformação.

3. Bifurcação da língua (Tong Split) – Cirurgia que divide a língua em duas partes. Há quem diga que em alguns casos dê até para mexer as duas partes separadamente.

4. Implantes subcutâneos – O body moder implanta um objeto (de silicone, osso, de aço, etc...) sob a pele, formando um alto-relevo.

5. Pocket – O pocket é como se fosse um piercing. Porém, a diferença é que a haste fica para fora, e as pontas ficam subcutâneas (dentro da pele). Pode ser feito no braço, na nuca, no tórax e no umbigo, dependendo da vontade de quem se interessa em fazer.

6. Implante transdermal –Implante de aço cirúrgico (pode ser implante de bolinhas também) entre a gordura da pele e o músculo, onde metade do objeto fica exposto e metade fica para dentro da pele. Também pode ser feito em diversas partes do corpo, dependendo da vontade de quem se interessa em fazer.

7. Surface –O objeto implantado é como se fosse uma "trave ao contrário", onde as pontas ficar para fora da pele e a haste fica subcutânea. (dentro da pele)


Fotos:

Video

A body art transforma o corpo como um manifesto do estilo de vida que cada um quer ter ou como um meio de expressão em que você coloca o que você acredita no próprio corpo.

Video da RTV Unicamp sobre Body Art:
http://www.youtube.com/watch?v=jflwiV0WYJg

BODY ART

LILO KINNE- BODYART PROJECT

"Quero usar o meu corpo como material e manipulá-lo"Bruce Nauman

A arte contemporânea ultrapassa mais ainda as barreiras já ultrapassadas pela arte moderna. Os questionamentos do que seria considerado arte já foram perguntados, mas sempre sobre o aspecto da escultura, da pintura até do teatro, com os happenings. No entanto, na contemporânea, surgem vertentes que questionam a arte sob um aspecto muito mais amplo.

Uma dessas novas vertentes é o BOBY ART.

Não apenas a idéia de utilizar o corpo como um instrumento e um “ajudante” na apresentação da arte, mas a utilização do corpo como o próprio material e o suporte, como a própria obra que interfere e que sofre interferências. A saliva, o esperma, o sangue, o suor e todos os outros fluidos do corpo sendo parte da apresentação do trabalho, junto aos movimentos corporais, repetitivos, quase como uma idéia ritualística, e mesmo com intervenções matérias.

A principio, a Body Art pode ofender muita gente se não for encarada sempre com uma ótica pouco distante da realidade. O principal requisito para se entender essa arte, é se livrar o máximo possível de todos os tabus e preconceitos que nós e a sociedade impõe, e tentar enxergar o que arte se propõe a mostrar.

Não precisa dizer que para isso acontecer, libertar a mente de toda associação racional é uma capacidade que poucos possuem, portanto, se você não possui essa capacidade de abstração é aconselhável não explorar a Body Art sem se preocupar em ver cenas não muito “cotidianas”.

FOnTes: http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm??http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u932.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Arte_Contempor%C3%A2nea_da_USP#Arte_contempor.C3.A2neahttp://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=354&cd_idioma=28555